SOGES - Revistas de Debutantes r5c3y


Debutantes da Soges

A empresa Fokus publicidade editou uma revista especial sobre as debutantes da SOGES de 1983 a 1997, portanto 15 anos. A revista trás curiosidades, mensagens de otimismo, imagens das debutantes, nome dos pais e homenagem da sociedade e patrocinadores.

A Sociedade Ginástica de Estrela, no ano de 1996 quando completava 89 anos deixou registrada a seguinte mensagem na revista: Debut, momento único e inesquecível – Há momentos importantes em nossas vidas.
Eles ficam guardados como lembranças e nos trazem a certeza de que nos fizeram muito felizes. O Baile das Debutantes é assim, porque transforma o sonho de uma maravilhosa noite de gala em pura realidade. Para SOGES, você debutante, é a pessoa mais importante e de maior destaque nesta noite que reserva emoções muito particulares. Traga todo seu encanto, beleza e alegria. Realize o sonho de um momento único. Momento que jamais esqueceremos. A diretoria da SOGES finalizou a homenagem agradecendo as debutantes, seus familiares e a todos que colaboraram para o evento.

O Editor e Diretor da Fokus Publicidade, Sr. Paulo Roberto Pochmann de Quevedo doou as 15 edições da revista para o memorial da entidade ambientalista. Agraciou a Aepan-ONG, ainda, com a revista especial sobre a Rádio Alto Taquari quando a mesma completou 40 anos, em 1988, e pertencia a Rede Arnaldo Balvé, mais um exemplar intitulado Shopping de Natal sobre o comércio de Estrela, editado em 1987.
A Fokus Publicações edita desde maio de 1999, o Jornal Folha de Estrela, onde registra as promoções sociais.

Airton Engster dos Santos

Rádio Alto Taquari - Equipe Esportiva y111c


Equipe Esportiva da Rádio Alto Taquari
60 anos de emoção direto dos gramados e ginásios...

A pioneira rádio do Vale do Taquari, hoje com 60 anos, sempre acompanhou de perto o futebol regional e principalmente os campeonatos amadores e a trajetória do Estrela-FC, desde os tempos em que surgiu a emissora em 1948.

A equipe esportiva "Show de Bola" narrou e comentou os mais marcantes fatos esportivos da cidade como a participação do Estrela FC na primeira divisão do futebol do Rio Grande do Sul, na década de 1970 ou na segunda divisão do certame Gaúcho nos anos subseqüentes.

Também deu cobertura e incentivou outras competições ao longo dos anos, principalmente promovidas pela LEFA - Liga Estrelense de Futebol Amador ou de clubes sociais como SOGES e Sociedade Rio Branco, principalmente futebol-sete ou salão.

Também transmitiu finais de campeonatos como o Gaúcho, entre Grêmio x Juventude em 2007; Internacional x Juventude em 2008; as finais da Copa Libertadores da América de 2006 entre São Paulo e Internacional; entre Grêmio x Boca Junior em 2007. Transmitiu inclusive alguns jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol.

Transmitiu de forma ao vivo (direto dos ginásios) os Campeonatos Brasileiro e Gaúcho de Basquetebol.

Alexandre dos Santos, membro da Equipe de esportes da Rádio Alto Taquari, lembra que ao longo dessa história esportiva da rádio, nomes consagrados aram pelos microfones da emissora como Antônio Carlos Porto, Afonso Reis, Oscar Chaves Garcia e Érico Sauer, dentre muitos outros. Ressalta também colegas que atuaram nas jornadas esportivas nos últimos anos como Adauto de Azevedo, Clori Borges, Gerson Teixeira, Luis Fernando Wagner, Paulo Finck e Verner Dahmer (falecido em acidente de trânsito) além da equipe técnica: Inácio Antônio Schmitt e Anderson Pereira da Silva.

Alexandre disse ainda que "Em nome dos antigos e recentes companheiros, agradeço pelo carinho que nos foi dispensado no longo desses anos, obrigado".


Airton Engster dos Santos

Cesa - Estrela-RS 2960


Reativado silo da Cesa no Porto de Estrela no RS


Depois de 11 anos sem realizar nenhum carregamento no porto de Estrela, a unidade local da Cesa - Companhia Estadual de Silos e Armazéns - iniciou, às 16h do dia nove de julho de 2008, um embarque histórico de 2,2 mil toneladas de arroz beneficiado. O carregamento, concluído dia 10 de julho, reativa um novo braço da logística fluvial para escoamento de grãos montada pelo governo do Estado, aproveitando as águas dos rios Jacuí e Taquari. Em funcionamento desde 1976, esta é a primeira vez que a unidade da Cesa, em Estrela, embarca arroz para venda ao Exterior. A carga total de 15 mil toneladas do cereal será completada ainda Porto Alegre, onde receberá mais 1,8 mil toneladas, e Rio Grande, com 11 mil toneladas. O destino será a África. Dentro do planejamento realizado pela direção da Cesa, só falta a recuperação do terminal fluvial de Cachoeira do Sul, com investimento previsto de R$ 300 mil, para conectá-lo à logística formada pelas unidades de Estrela, Porto Alegre e Rio Grande. "Estamos incrementando a atividade da empresa, multiplicando as suas tarefas e possibilidades", afirma o presidente da Cesa, Juvir Matuella.
E-Press.biz

Memorial da Aepan-ONG 6q552s


Memorial da Aepan-ONG – Estrela-RS


Desde que surgiu, há três milhões de anos, o ser humano vem criando utensílios, instrumentos, armas, tecnologias e desenvolvendo mitos, crenças e comportamentos, gerando conhecimento e cultura. Muito do que se sabe hoje, sobre culturas pré-históricas e antigas, foi reconhecido através das edificações, dos objetos e dos vestígios deixados por esses povos.


O rápido desenvolvimento tecnológico e as conseqüentes transformações socioeconômicas e ambientais demandam, cada vez mais, o registro e a documentação dos processos de mudanças da realidade cotidiana e a preservação das referências e valores culturais dos diferentes grupos sociais. Nesse sentido, além de contribuir com a preservação do patrimônio cultural e do meio-ambiente, o Memorial da Aepan-ONG é compartilhado com toda a comunidade, sendo mais uma alternativa de cultura. O que ilumina o memorial é a energia do saber; cabe a cada um de nós começarmos a fazer o papel de agente cultural em nossa sociedade.


O memorial além de ser um local onde se expõem objetos, documentos e imagens que, contam a história da humanidade e natureza, é um local onde encontramos vida, arte, onde nos tranferimos a tempos ados e embarcamos no mistério que é a recordação.


Airton Engster dos Santos

Estrela-RS - Paróquia São Cristovão 20452g


Paróquia São Cristóvão bairro Boa União Estrela-RS

Fonte: Memorial da Aepan-ONG

Pesquisa: Airton Engster dos Santos


Lenda - “Aquele que carrega Cristo”: São Cristóvão viveu provavelmente na Síria e sofreu o martírio no século III. É o padroeiro dos motoristas e, por extensão dos viajantes também. Cristóvão significa “Aquele que carrega Cristo” ou “porta-Cristo. Seu culto remonta o século V. De acordo com a lenda, Cristóvão era um gigante com mania de grandeza. Procurava o maior rei do mundo para servir, cometendo muitos enganos. Informando-se melhor, veio, a saber, que o maior rei do mundo era Nosso Senhor. Um ermitão mostrou-lhe que a bondade era a coisa mais agradável ao Senhor. São Cristóvão resolveu trocar sua mania de grandeza pelo serviço aos semelhantes. Valendo-se de sua força imensa de que era dotado, pôs-se a baldear pessoas, vadeando o rio (caminhando dentro de um rio). À medida que vadeava um rio, o menino que trazia junto às costas pesava cada vez mais, como se fosse o peso do mundo inteiro. Diante de seu espanto, o menino lhe disse:” Tiveste às costas mais que o mundo inteiro. Transportaste o Criador de todas as coisas. Sou Jesus aquele que serves “.

Paróquia São Cristóvão de Estrela:

Pois a paróquia do bairro Boa União, em Estrela, que possuí São Cristóvão, como padroeiro, tem uma história de união e solidariedade. Comunidade que começa a se organizar e lança a pedra angular da igreja no dia 03 de fevereiro de 1967, portanto a mais de 40 anos. Em seguida é construída a igreja que desde logo ou a servir como local para realização das missas. Irmão Nilo da congregação Marista pintou lindas imagens no interior da igreja que até hoje atrai visitantes que ficam maravilhados com a obra. A comunidade São Cristóvão sempre teve por tradição a realização de grandes eventos, como o Kerb que acontece anualmente no mês de julho e a tradicional festa do padroeiro, em setembro, com a procissão de veículos. Para tanto o espaço utilizado atrás da igreja com estruturas de madeira foi ficando acanhado. Considerando o crescimento do bairro e do número de pessoas que vinham participar das promoções, a comunidade se mobilizou e no ano de 1982, foi inaugurado um Ginásio com amplo espaço para esportes, promoções e outras atividades pastorais. Com a presença do Arcebispo Metropolitano, D. Cláudio Colling, no dia 23 de outubro de 1988, aconteceu a fundação da paróquia São Cristóvão. Até então era uma capela da Paróquia Santo Antônio de Estrela. Neste dia toma posse o Padre Pedro Neori Theisen que permanece na paróquia até 1991. Depois assume como Pároco, o Pe. Aloísio Rech (1992 – 1995), Pe. Norberto Domingos Schmidt (1996 – janeiro a agosto – falecido), Pe. Canísio Bays (agosto a dezembro de 1996) e atualmente, Pe. José Frederico Rech desde 1997. Pe. José é natural de Harmonia, lecionou por cinco anos no Seminário de Bom Princípio e a primeira paróquia onde exerceu o sacerdócio foi Charqueadas. O Cemitério localizado no bairro Boa União teve o primeiro sepultamento em 1988. São sete as capelas que compõe a paróquia São Cristóvão: Nossa Senhora Aparecida, bairro das Indústrias; São Vito, Novo Paraíso; Sagrado Coração de Jesus, Colinas; Nossa Senhora do Rosário, Linha Lenz; Santa Maria Goretti, Linha Santo Antônio; São Miguel, Linha Geraldo Baixa e São José, Linha São José. Cada capela tem o seu coral. Na sede da paróquia atuam o Coral Santa Cecília, Sociedade de Cantores (autônomo) e Grupos de Canto: Motivação, Novo Vigor e Viva Voz. O Conselho Pastoral Paroquial (2007 – 2008) tem como casal Coordenador, Darci e Aline Barth e vice-Coordenador: Irineu e Gonda Keller.

Oração do Motorista:

São Cristóvão, que levastes um dia o fardo preciosíssimo, o Menino Jesus, e por isso és venerado e invocado como patrono celestial de todos os motoristas, ajuda-me a me aproximar de Deus, para que ele abençoe o meu carro e dirija minhas mãos, meus pés, meus olhos... guardando os freios de meu veículo, protegendo-lhe nas curvas fechadas e no asfalto molhado. Dirija suas rodas, guarda-o das colisões e de pneus estourados, livrando-o de derrapagens, segurando animais soltos nas pista. Livra-me de ageiros mal-intencionados e de pedestres distraídos e imprudentes. Dá-me, São Cristóvão, com teu exemplo, cortesia para com os outros motoristas e sobretudo para com os guardas de trânsito. Que eu seja cauteloso nas ruas movimentadas, atento nos cruzamentos e nunca esteja alcoolizado. Concede-me mão firme, olhar seguro e claro, perfeito controle de minhas faculdades e boa coordenação de meus reflexos, para que eu possa dirigir sem causar dano a ninguém. Faze que eu esteja sempre em sintonia com Deus, o autor da vida, para que meu carro não seja causa de morte para aqueles a quem ele deu a vida. E assim sejam protegidos também os que estiverem viajando comigo, livrando-nos de toda a espécie de desgraça e perigo. Que a força do Senhor da Vida, através de teu exemplo, São Cristóvão, dirija a mim e a todos os motoristas, nos acompanhando em todas as nossas viagens. Amém.

Pesquisa e texto: Airton Engster dos Santos Fonte de dados: Paróquia São Cristóvão - Agradecimentos: Marisa Ebeling, Caroline Vogel e Pároco - Padre José Frederico Rech pela atenção dispensada e coleta de dados sobre o histórico da Paróquia. Pesquisa Airton Engster dos Santos. Divulgado no Jornal Folha de Estrela - Coluna Histórias da Nossa História.

Sociedade Rio Branco de Estrela-RS w61x


Sociedade Rio Branco – 60 anos
1947 - 2007

Apresentação:
A responsabilidade de escrever sobre a Sociedade Rio Branco é muito grande, e histórias, lembranças vão surgindo e remontando a trajetória de uma das entidades mais importantes do Vale do Taquari. O trabalho árduo desenvolvido ao longo de seis décadas por homens e mulheres determinados em busca da realização de um sonho. Muitas vezes o preço dessa construção foi alto. Horas de dedicação e trabalho, mas que valeu a pena segundo todos, diretores e associados. O esforço daqueles que se envolveram nessa obra, desde os fundadores até a atual diretoria, tem sido reconhecido por todos. Basta observar o corpo de associados, talvez o seu maior patrimônio, e a forma sempre presente que responde aos projetos, iniciativas e eventos da entidade. É com está intenção que se insere a presente narrativa. Oferecer a oportunidade para que os associados, e a comunidade em geral conheçam a história da Sociedade Rio Branco, entidade considerada modelo em nosso município e Região. Lembrar de lideranças que muitas vezes esqueceram de si mesmos e de suas famílias para se dedicarem à causa e que transformaram a entidade social na sua segunda casa. Sem dúvida alguma, a presente iniciativa é dedicada a todos que de alguma forma deram sua contribuição, muitas vezes de forma anônima, para grandeza da Sociedade Rio Branco, motivo de orgulho para o município de Estrela.

O Início
Fundada em 17 de abril de 1947, com o nome Sport Clube Rio Branco, e registrado no Cartório de Estrela, em 22 de abril de 1950, tinha como primeiro presidente Max Henrique Erichsen. A fundação realizou-se na antiga Casa Comercial de Leopoldo Beckmann, na Avenida Rio Branco, 1149, que servia de sede para as reuniões. O objetivo era proporcionar a difusão do civismo e da cultura física, principalmente o futebol amador. O campo de futebol era alugado do proprietário Albino Leonhart, e ficava onde atualmente funciona uma fábrica de calçados. Todo o serviço de organização do clube era feito pelos sócios aos sábados e domingos. Em 7 de setembro de 1947 o Esporte Clube Rio Branco conquistou a Taça Prefeito Municipal de Estrela e em 20 de fevereiro de 1951 conquistou a Taça Tanac. Em 1949 foi eleita a 1ª Rainha do Clube Srta. Asta Krombauer. O técnico da equipe de futebol era Osvaldo Alfredo Mallmann. A relação nominal dos integrantes constante na foto do Sport Clube Rio Branco é a seguinte: Da esquerda para direita, em pé: Júlio Hamester, Oswino Tenn-, Polaco Kowalski, Antenor Simioni, Paulinho Terme, Asta Kronbauer Thomas, Noé Silva, Oswaldo Rocha (goleiro), Antônio Rodrigues, Romeu Nichterwitz, Arno Mallmann e Max Erichesen. Agachados: Alfredo Mallmann, Verno Schneider, Guinther Wagner, Beleza – Waldemar Gomes dos Santos, Lino Schwertner, Adão Chaves, Werner Hartmann, Elico – Eurico Barbosa, Amaro de Farias e Heitor Kirst.

Sede Social
Em 1950 os membros da diretoria resolveram construir um Salão Social para bailes, que foi inaugurado no mesmo ano onde ficou sediado o Clube. Na década de 50 ou o Clube a denominar-se Sociedade Rio Branco. Em 1º de junho de 1965, foi registrada a reforma do Estatuto Social, sendo presidente Arno Eckel. Sem fins lucrativos, a Sociedade Rio Branco é filantrópica e de utilidade pública. Promove reuniões de caráter social e cultural, tendo a finalidade de assistir seus associados. A sede social está localizada na Avenida Rio Branco, n.º 816. Atualmente conta com uma área de 2.525 metros quadrados, com dois salões de festas. O já tradicional Baile de Kerb é realizado anualmente com grande sucesso, entre outros eventos.

Bolão
O Departamento de Bolão, masculino e feminino funciona junto à sede social. As quatro canchas foram inauguradas em 30 de junho de 1990. Um torneio de Bolão a época apresentou o seguinte resultado: Masculino: 1º lugar: Sae da Frente, 2º lugar: 1º de Maio, 3º Lugar: Rio Branco, 4º Lugar: Farrapos e 5º Lugar: Amizade. Feminino: 1º Lugar: 13 de Maio, 2º Lugar: Primavera e 3º Lugar: Sempre Vivas.


Sede Campestre
Em 1981 foi construída a Sede Campestre da entidade, composta por um conjunto de três piscinas, sob a presidência de Aury Medeiros da Silva. A Sede Campestre está localizada na Rua Artur Preussler, n.º 172, Bairro Imigrantes, em Estrela e conta ainda com 2 salões de festas, sanitários masculinos e femininos, 2 campos de futebol, 1 cancha de vôlei, cancha de Bocha e uma área de camping com espaço para 30 barracas e estacionamento privativo. O local é decorado com lindas pinturas do Artista Plástico Sérgio Werle.

Tradição no carnaval
Após 22 anos de existência, a Escola de Samba Mensageiros da Alegria da Sociedade Rio Branco, com 250 componentes, venceu o carnaval Regional em 1987 (há 20 anos atrás), sagrando-se Campeã no município de Taquari, com enredo “A Pequena Notável”. Na oportunidade a escola tinha como presidente Carlos Alberto Diel (Carlinhos) e da sociedade Aury Medeiros da Silva.
Em 1988 a Escola de samba Mensageiros da Alegria conquista o Bi Campeonato em Arroio do Meio. A escola contava então com 450 integrantes tendo como tema “Arco Íris, o Mundo Maravilhoso de Cores”. O presidente da escola era o Senhor Orlando e presidente da Sociedade Rio Branco Carlos Heberle.
O “Carnaval Infantil” é marca de sucesso da Sociedade Rio Branco que anualmente realiza o evento para petizada durante as festas momescas. Crianças de toda região participam do já tradicional concurso de fantasias.

Rainha das Piscinas 1977
Outro grande momento foi a disputa do Concurso de Beleza Rainha das Piscinas promovido pela Companhia Jornalística Caldas Junior no Gigantinho em Porto Alegre. Adriana Muller Lara representou a Sociedade Rio Branco e a torcida de Estrela foi escolhida como a melhor do interior do Rio Grande do Sul. Era o tetra-campeonato da torcida estrelada no Concurso Rainha das Piscinas. Doze ônibus transportando 500 pessoas levaram apoio à candidata estrelense que fez bonito na arela.

Atual Diretoria
A atual diretoria da Sociedade Rio Branco é composta pelo dinâmico presidente Pedro Valdir Pereira, Moizes Azeredo - vice-presidente, Ana Cecília Diedrich – Tesoureira, André Roberto Mallmann – Secretário e Dep. Jurídico, Sérgio José Rockenback – Dep. Bolão, Carlos Roberto Neitske – Dep. mini-futebol, Eloy Knebel e Henrique Locatelli – Dep. Bocha, José Nezmah – Dep. Piscina, Celso Luiz Boff – Dep. Canastra e Alessandra Engster dos Santos – Relações Públicas. No próximo sábado acontece o Baile de aniversário que comemora os 60 anos da Sociedade. Todos os ex-presidentes vivos serão homenageados e também as famílias de ex-presidentes já falecidos que ainda residam no município.


Galeria dos Presidentes:
Max Henrique Erichsen
Theodomiro Felício
Osvaldo Alfredo Mallmann
Oswino João Tenn-
Alvaro Thomas
Elidio Fauth
Orlando Thomas
Arno Eckel
Adelmo Pedro Friedrich
Roque Roberto Wendt
Antônio Rocha
Romeu Mollmann
Gilberto Evaldo Koefender
Elmo João Sulzbach
Aloísio Hinterholz
Ido Krombauer
Idilo Norberto Brezolin
Carmo Jasper Horn
Aury Medeiros da Silva
Inácio Elbio Holz
Carlos Alberto Heberle
Lídio de Negri
Ademir Geraldo Mallmann
Inácio Bruxel
Laurentino Mariano da Silva
André Roberto Mallmann
Joel Barcelos Mallmann
Pedro Valdir Pereira

Pesquisa e texto: Airton Engster dos Santos
Colaboração:
Pedro Valdir Pereira, Maria Helena Souza Carvalho e Jorge Scherer
Fonte de imagens e dados: Arquivo Aepan-ONG, Livro do “Jubileu Diamante Estrela” de Arnaldo J. Diel e Arquivo da Sociedade Rio Branco.
Divulgado no Jornal Folha de Estrela – Especial sobre a Sociedade Rio Branco

Cerveja Polar 4l2l4h


Cerveja Polar - Fechamento de unidades do RS

Resenha dos fatos que originaram o fechamento da Antarctica/Polar em Estrela-RS, e demais cervejarias regionais do Rio Grande do Sul

O presente relato não tem a pretensão de esgotar o assunto sobre a complexa conjuntura que levou ao fechamento de oito cervejarias no Rio Grande do Sul, entre 1996 e 2006. São elas: Pérola de Caxias do Sul; Serramalte de Feliz; Bavária de Getúlio Vargas; Polar de Montenegro; SKOL de o Fundo; Brahma de Porto Alegre; Polar de Estrela e Antarctica/refrigerantes de Canoas.
Tão pouco a intenção é procurar culpado, pois a questão é muito ampla e recheada de interesses comerciais, políticos, guerra fiscal, conjuntura estadual e nacional, globalização e fusão de grandes grupos econômicos, nacionais e transnacionais.
Poderia me posicionar a cerca de cada item, porém o objetivo é apenas e tão somente narrar fatos e acontecimentos e deixar que cada um tire suas próprias conclusões.
Porém uma questão aparece de forma clara e absoluta: ficou difícil para a população de Estrela e de outros municípios já citados, suas lideranças políticas e empresariais e para o movimento sindical compreender todos os fenômenos que contribuíram, de forma isolada ou em conjunto, para desativação das cervejarias.
Também no que se refere ao enfrentamento da situação, ninguém sabia ao certo a quem recorrer. É compreensível, a macro-política e macro-economia, atuaram de forma tão rápida e voraz que ficou complicado até para pessoas bem intencionadas compreender ou aceitar suas ações devastadoras, que atingiram as cervejarias regionais do Rio Grande do Sul.
O capital não tem rosto, ele age como uma onda, vem e vai, traz e leva. Não tem preocupação com os problemas sociais, que podem causar suas ações de fluxo e refluxo. O lucro em bilhões de dólares é a meta. Porém de alguma forma precisamos analisar os fenômenos políticos e econômicos que formaram está onda gigante que levou as cervejarias do Rio Grande do Sul ao fechamento. Mesmo assim, talvez nunca saberemos de toda a verdade.

1992 – Reestruturação e redistribuição produtiva:
Com o processo de globalização iniciado no governo do Presidente da República, Fernando Collor de Mello, a partir de 1992 o grupo Antarctica-Polar, inicia o processo de reestruturação produtiva nas unidades do RS. Novas tecnologias são implementadas nas unidades fabris, além da informatização dos setores istrativos.
No setor de produção, em Estrela, com a intervenção do movimento sindical, a xaroparia (refrigerantes) funcionou por mais alguns anos, mas acaba sendo desativada, pois a moderna fábrica de refrigerantes, construída em Canoas no início dos anos 90, com incentivos do Estado, atende a demanda e mercado do RS. Toda produção Chopp em Estrela é transferida para Montenegro, sob a alegação que o sistema de embreamento dos barris de madeira exigia produtos químicos poluentes, não mais aceitáveis pela legislação. Em Montenegro a produção de Chopp era armazenada em barris de aço.
Em novembro de 1992 o Grupo Antarctica/Polar divulgou uma nota, assinada pelo seu Diretor Presidente Hélio Jorge Corá, afirmando que, em função da conjuntura econômica, onde a competição de mercado tornou-se acirrada, exigiu da Companhia reestruturar e redistribuir volumes de produção entre unidades, a fim de obter contenção de gastos fixos e torná-los auto-sustentáveis.

1993 - ICMS alto – Motivo para demissões:
Em agosto de 1993 uma nova crise atinge a Antarctica/Polar no RS, devido à alta tributação que incide sobre o ramo de bebidas considerado pelo governador Collares como não essencial.
Apesar dos apelos das diversas comunidades envolvidas, o governador do Estado não abriu mão das alíquotas de 25% de ICMS, o que encarecia o produto se comparado com Santa Catarina, por exemplo, que tinha o ICMS de 17%. Uma Comissão de sindicalistas ligados ao ramo de bebidas esteve em audiência com o Governador, que não se sensibilizou com os problemas do setor. O consumo de bebidas caiu no RS. A Direção da Antarctica, através de seu Presidente Hélio Jorge Corá, disse, na época, que a empresa vinha registrando prejuízos operacionais no Estado. Um acordo flexibilizando a jornada de trabalho foi aceito pelos cervejeiros, porém não foi suficiente para impedir a demissão de 250 cervejeiros no RS.
Segundo Ministério do Trabalho (Rais), em 2003 restam 2.679 cervejeiros no RS.

1994-1995 – Triplica o lucro da Antarctica/Polar no RS:
A Antarctica/Polar, só no RS, ocupou o 109° lugar entre as grandes empresas nacionais. O lucro líquido, em 1995, foi de R$ 46.853.000,00 (quarenta e seis milhões, oitocentos e cinqüenta e três mil Reais). Os dados foram divulgados pela Nardon – Nasi e Cia Ltda, que era a empresa de auditoria da Antactica/Polar, publicado em caderno especial da Folha de São Paulo. Nesse ano (1995) os sindicatos da alimentação e bebidas conquistaram a participação dos cervejeiros nos lucros da empresa. O acordo foi fechado a nível nacional pela CONTAC – Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação, valendo inclusive para os cervejeiros gaúchos.

1996 – Guerra da Cerveja decreta fechamento de fábricas:
E tudo começou com os incentivos do Fundopen concedido pelo governo gaúcho (Antônio Britto) para Brahma. Exatamente no dia sete de março de 1996, um projeto do governador Antônio Britto, que amplia benefícios fiscais do Fundopen, dá entrada na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Da aprovação do projeto resultou a instalação de uma nova fábrica de cervejas da Brahma em solo gaúcho.
A proposta da Brahma foi entregue ao governador Britto, pelo diretor-geral da empresa Marcel Hermann, em clima de comemoração. Britto pousou para os fotógrafos com o boné da cervejaria. O Palácio Piratini – sede do governo gaúcho foi enfeitado com bandeiras estampando logotipo da Brahma. As recepcionistas do Palácio usavam vestidos das cores e marca da Brahma. Os números da nova fábrica da Brahma: Investimento de 600 milhões de dólares; na primeira fase da fábrica foram investidos 150 milhões de dólares; deveria gerar mil postos de trabalho na primeira fase, e seis mil quando concluída; a capacidade de 1,2 bilhão de litros de cerveja e refrigerantes por ano; o mercado alvo da fábrica, que começou a produzir em 1998, é a região sul do Brasil e países do Mercosul.
Benefício: Através do Fundopen, o governador Britto concedeu a Brahma 75% de isenção de impostos sobre o pagamento do ICMS devido. 1996 - Represália – Antarctica/Polar fecha a cervejaria Pérola de Caxias do Sul: Políbio Braga em sua coluna do Correio do Povo de 15 de março de 1996, faz um alerta: O CASO ANTARCTICA: A empresa nega, mas se sabe que a decisão do grupo paulista, de fechar a Cervejaria Pérola em Caxias do Sul, foi uma represália à decisão do governo gaúcho de conceder incentivos inéditos para a Brahma. A Antarctica tinha outras fábricas no Rio Grande do Sul, fruto de uma política da empresa nos anos 70, quando acabou com as cervejarias regionais gaúchas, por absorção.
O então assessor da Antarctica Paulista, Eduardo Serpa, fez uma ameaça: Vamos fechar todas as fábricas no Rio Grande do Sul. É possível que Serpa tenha desejado que suas inconfidências chegassem aos ouvidos do governador Antônio Britto. Políbio acrescenta: O fechamento da Pérola de Caxias do Sul está previsto para o dia 31 de março de 1996. Pelo menos 250 cervejeiros perderam o emprego e mais 1.500 desempregados no RS, nos anos que se seguiram. Como previa Políbio Braga, as ameaças de Serpa eram sérias. Não sobrou nenhuma cervejaria das sete existentes até então.
Seguindo o destino da Pérola de Caxias do Sul, a Cervejaria Serramalte de Feliz é fechada em julho do mesmo ano. O prefeito de Feliz afirmou na época que o município perdeu 30% de sua arrecadação e 170 cervejeiros perderam o emprego. No dia 09 de julho de 1996, o município de Estrela se fez representar, através do prefeito Guinther Wagner, ACIE - Associação Comercial e Industrial de Estrela e Sindicato da Alimentação, numa audiência no Palácio Piratini com representantes do governo do Estado do RS. Acompanharam a audiência, lideranças políticas e sindicais de outros municípios com fábricas de cerveja mais a direção da Antarctica, quando ainda se buscava uma saída para o ime gerado com os incentivos do Fundopen concedidos para a Brahma. Centenas de cervejeiros de Caxias do Sul e Feliz acompanhados de familiares protestaram em frente do Palácio. A Antarctica pleiteava o mesmo tratamento concedido para Brahma, com redução do ICMS para seus produtos, o que não foi concedido pelo governador Britto. Resultado, mais demissões.

1997 – Continuam as negociações:
No dia 02 de março de 1997, foi realizada uma Assembléia Unitária dos cervejeiros gaúchos no município de Estrela. O evento reuniu mais de 1.000 pessoas de Estrela, Getúlio Vargas, Montenegro, Porto Alegre, Feliz, Caxias do Sul e Canoas.^
Para manter os postos de trabalho a Antarctica/Polar apresentou uma proposta de Banco de Horas. Com o acordo a empresa se comprometia a estancar o processo de demissão iniciado em 1996.
Os cervejeiros aceitaram a proposta de Banco de Horas com uma condição: Durante a vigência do acordo a empresa não poderia mais fechar unidades no RS. Porém após outras reuniões entre Antarctica/Polar e Sindicalistas que representavam os cervejeiros o acordo não chegou a ser assinado.

1998 – Inauguração da nova Fábrica da Brahma no RS:
No dia 15 de setembro de 1998, a Brahma inaugura, no distrito de Águas Claras, no município de Viamão, uma das fábricas de cerveja mais moderna do mundo, empregando 400 cervejeiros de forma direta e mais 4.000 pessoas de forma indireta. Deveria gerar 97 milhões de reais de ICMS anualmente. A Brahma construiu a nova fábrica com apoio do BNDS e do governo do estado (Antônio Britto). As linhas de produção da fábrica são totalmente automatizadas, além de proporcionar grande produtividade. A água que abastece a fábrica é suficiente para atender uma cidade de 50 mil habitantes. O consumo de energia elétrica é semelhante ao de uma cidade de 12 mil habitantes. Com a inauguração da nova fábrica em Viamão, mais duas cervejarias foram fechadas no Rio Grande do Sul, a SKOL de o Fundo com 300 cervejeiros e a Brahma da Avenida Cristóvão Colombo, em Porto Alegre com 400 trabalhadores demitidos.

1999 – Mega – Fusão Brahma e Antarctica surge a AmBev:
Em agosto de 1999, eclode a notícia da “Mega Fusão” das duas maiores cervejarias do Brasil. Em Estrela acontece uma grande mobilização popular com abraço a fábrica. Foi criado o Slogan: “Pô Polar, Estrela é teu lar”. Imediatamente os cervejeiros sentem o risco do desemprego. A fusão se autorizada pelo CADE – Conselho istrativo de Defesa Econômica, colocaria em risco mil empregos em Estrela, Getúlio Vargas, Montenegro e Canoas.
Angustiados pelo risco do desemprego, representantes dos cervejeiros e prefeitos dos municípios, reuniram-se com o CADE em 09 de setembro de 1999, para discutir os efeitos da fusão entre Brahma e Antarctica. O temor era de que a AMBEV, empresa resultante desativasse unidades da Antarctica no RS.
O Secretário do Desenvolvimento Econômico - Sedai, José Moraes, determinou estudos sobre a concessão do Fundopen para Brahma no RS. Até 09 de setembro de 1999, o estado do RS já havia investido mais de 18 milhões de reais nesta fábrica.
Estrela pede apoio ao governo do Estado, para evitar o fechamento da unidade local. Em reunião com lideranças do município, o governador Olívio Dutra falou sobre o Fundopen, que segundo ele favorece a concentração de empresas em algumas regiões e em alguns setores provocando uma concorrência desleal. Prometeu estudar e se fosse possível rever os incentivos para Brahma em Viamão.
Porém além da gentileza do governador do Estado, nenhuma medida restritiva foi tomada contra a empresa que iniciou um processo de demissão em todas unidades do RS.

2000 – Clima de Instabilidade:
No dia 08 de janeiro de 2000, sindicalistas ligados a CONTAC – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e FTIA-RS – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do RS, vem a Estrela e alertam aos cervejeiros sobre as demissões naqueles dias. Não deu outra as demissões se sucedem a conta-gotas. No mesmo ano fecha a cervejaria Bavaria de Getúlio Vargas com a demissão de 250 cervejeiros.

2001 – Mais demissões:
No dia 06 de fevereiro de 2001, o Sindicato de Estrela denuncia a demissão de mais 62 cervejeiros em Estrela.
Em junho fecha mais uma unidade da Antarctica/Polar – refrigerantes de Canoas com mais 100 demitidos.

2002 – Continuam as demissões em Estrela:
Em janeiro de 2002, os cervejeiros da unidade da Antarctica/Polar de Estrela, são surpreendidos com mais 35 demissões. Em Montenegro foram mais 55 demissões. A justificativa da AmBev indica a necessidade de promover uma reestruturação nas áreas de produção e logística nas áreas de distribuição de cerveja no estado do RS.
Sobraram apenas 83 cervejeiros em Estrela. A partir desta data, encerra-se a fabricação de cerveja na unidade e limita o processo a fábrica de Montenegro. A filial de Estrela fica restrita ao envasamento e distribuição de cerveja. Por outro lado a Ambev expande seu mercado para América Latina, quando se junta a Quilmes da Argentina.

2003 – Agoniza cervejaria de Estrela:
Agoniza aquela que foi a maior empresa de Estrela desde 1945. Capenga o envasamento da bebida na unidade da Antactica/Polar de Estrela. Estrela chora a perda de sua fábrica, enquanto a AmBev contabiliza um faturamento de 487 milhões de dólares em 2003.

2004 – AmBev ganha o mundo:
Enquanto a AmBev anuncia uma aliança com a Interbrew, de Bruxelas, na Bélgica, numa operação de 11 bilhões de dólares, aos poucos os trabalhadores que restam na Antarctica/Polar de Estrela, já não precisam ir até a empresa.
Apenas um grupo pequeno vigia os equipamentos.
A situação da unidade de Montenegro não é diferente, alguns poucos cervejeiros e fábrica praticamente parada.
Única fábrica da AmBev em atividade no RS é a unidade de Viamão, aquela mesmo que recebeu os incentivos do Fundopen.

2005 – No lugar da fábrica um grande distribuidor:
Estrela perde a fábrica de cervejas, mas fica com um grande distribuidor regional dos produtos da AmBev.

2006 – E o fim chegou:
A capacidade ociosa elevada gera alto custo operacional e a decisão é encerrar as atividades de Estrela e Montenegro. Coincide com a decisão do CADE – 6 anos depois.
AmBev de Viamão vai abastecer mercado A AmBev fica com 1.618 trabalhadores no Rio Grande do Sul, divididos nas unidades de Porto Alegre (maltaria) e Viamão. Nesta última há a fabricação de praticamente todas as linhas de produtos, com exceção da cerveja long neck (Lages-SC). É da indústria de Viamão, inclusive, que saem as cervejas Polar comercializadas em toda a Região Sul do país.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Referência: Clipagem Aepan-ONG
Matéria divulgada no Jornal Folha de Estrela – Coluna: Histórias da Nossa História.
Imagens: Arquivo Aepan-ONG

Estrela-RS - Banda Municipal 5n1b1x


Banda Municipal de Estrela -
Quantas saudades que a lembrança traz!
Fonte: Aepan-ONG

A importância da Banda Municipal de Estrela, como instituição, transcendeu o aspecto músico-cultural, para se revestir também em social. Por meio da banda de música muitos talentos se revelaram melhores cidadãos e, não raro, dentre seus instrumentistas surgiu pessoas que foram importantes para a comunidade. Jovens em situação de risco social encontraram nela caminho seguro, onde superaram suas angústias e conquistaram auto-afirmação Participaram intensamente da vida da comunidade, tocando em festas, eventos esportivos e solenidades. A Banda se mostrou uma instituição de importância ímpar na vida musical, social e cultural de Estrela.

A Banda Municipal de Estrela foi criada por Lei Municipal nº 1533/77 e registrada como entidade Civil sob nº 44 em 15 de agosto de 1979 reunindo vários músicos amadores e com eles valorizando os momentos altos da comunidade. O então prefeito Hélio Mussckopf foi grande e talvez o maior incentivador da Banda.

A Banda Municipal de Estrela venceu o Campeonato Estadual de Bandas em 1978, cabendo-lhe por isso representar o Rio Grande do Sul na Fase Nacional do certame, realizada no estado do Rio de Janeiro conquistando muito prestigio pois o evento foi transmitido por televisão. Participou ainda, do Festival de Bandas em Flores da Cunha, no ano de 1979.

Em maio de 1982 ( a exatamente 25 anos) a Banda gravou um LP nos estúdios da Central de Produções ISAEC, intitulado “Isto é Estrela”, fazendo alusão a múscia em homenagem a Estrela Centenária de Adauto de Azevedo e G. Carvalho que consta no lado B, faixa 4 do disco. Tinha como componentes: Aury J. Gattermann, Rubem P. Diedrich, Pedro E. Birck, Otélio R. Da Rosa, Carlos R. Da Rosa, Astor J. Dalferth, Natalício Vicente Fernandes, Carlos W. Juchum, José O. Eidelwein, Ervino R. Sulzbach, Erno Kord, Alexandre Fritsch, Gunther G. Dalferth, Augusto C. Heineck, Albano Nyland, Décio M. Ramos da Silva, Edenisar C. Pereira, Leandro R. Dos Santos, Luciano R. dos Santos e Carlos Joel da Silva. Aranjos e Regência Gerson Thomás de Carvalho, o Pernambuco (que foi maestro da Banda até dezembro de 1988). Técnica e mixagem: Marco Aurélio e Inácio Mitchel. Foi sem dúvida um grande momento para Banda Municipal de Estrela. “O LP consta no arquivo da Aepan-ONG”.

Em 1992 a Banda contava com 22 componentes, sob a regência do maestro Otélio da Rosa. Era presidida por Francisco Vilmar Horn e realizava seus ensaios na Casa de Cultura Dr. Lauro Muller.

Em 1998 contava com 26 componetes. Se estivesse funcionando completaria 30 anos de atividades no dia 22 de novembro de 2007.

A atual istração Municipal de Estrela está reativando a Banda Municipal e segundo informações do site da prefeitura, ainda neste primeiro semestre. A intenção é formar a Banda com 12 músicos, que serão selecionados partindo da proposta de naipes (quantidade de instrumentos por área). O repertório a ser interpretado se constituirá em música germânica e será uma Banda somente de sopro.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte: Arquivo da Aepan-ONG
Divulgado no Jornal Folha de Estrela
Coluna Histórias da Nossa História

Estrela-RS - História do abastecimento de água 5oma


História do abastecimento d’água em Estrela

A Corsan assumiu o abastecimento de água em Estrela no fim da década de 60, mas essa história teve início no século IXX.

Na fundação da Colônia, os estrelenses tinham no Rio Taquari e arroios como seus principais mananciais.

Aos poucos, com o aumento da população e a ocupação de áreas mais distantes do Rio Taquari e dos arroios, cresceu a necessidade de abastecimento de água na Vila e interior. Foram incentivados no início do século XX os poços residenciais e captação fluvial em cisternas. Mais tarde surgiram os poços artesianos.

Em 1888 existiam na zona urbana da Vila Estrela, 90 edificações com 400 moradores que se abasteciam principalmente com águas dos arroios ou Rio Taquari.

A Lei número 19, de 12 de janeiro de 1897, promulgada pelo presidente do RS, Júlio de Castilhos, estabelecia que são de competência cumulativa do Estado e dos municípios, serviços tais como: A higiene pública e o abastecimento de água a população e esgotos de cidades e vilas. Ao município cabia tudo sobre a higiene local. Ao Estado, o abastecimento de água e esgotos, examinar os projetos respectivos, aprová-los quando de acordo com a higiene. Na verdade o Estado pouco ou nada fez nesta área até a segunda metade dos anos 60.

Em 1901 a Vila de Estrela contava com 146 prédios na zona urbana sem água encanada. A população do município nesta época era de 16.442 habitantes, prevalecendo abastecimento de água através de poços domésticos e águas pluviais recolhidas em cisternas.

Somente em 21 de julho de 1925 ficam ultimados os serviços de abertura do poço artesiano com 207 metros de propriedade do cidadão Luís Inácio Müssnich, empresário de Estrela, que produziu água abundantemente.

Em 1928 iniciou-se a perfuração de mais um poço artesiano para suprir a Vila de água potável. O intendente/prefeito Augusto Frederico Markus (1928 – 1934), investiu na rede de distribuição de água.

Em 1935 é inaugurado mais um poço artesiano e uma caixa d’água com capacidade de 2 mil litros. Em 1941 constrói-se um novo reservatório para o poço artesiano com uma caixa d’água de concreto armado com capacidade para 50 mil litros em substituição a caixa de ferro de 2 mil litros.

Na istração do prefeito Oscar Leopoldo Casper (1947-1951) foi adquirido um novo compressor, ao mesmo tempo que, uma segunda rede de recalque era construída. É colocado em funcionamento o poço artesiano adquirido da viúva Luis Müssnich.

Os próximos es continuaram investindo na captação de água através de poços artesianos e na sua distribuição a população. O prefeito Aloysio Valentin Schwertner (1956-1959) não aceitava a idéia de captação, tratamento e distribuição de água a partir do Rio Taquari.

Na istração do prefeito Bertholdo Gausmann (1960-1963), no ano de 1962, novo poço artesiano é aberto pela municipalidade, desta vez para abastecimento do bairro Boa União e altos do Oriental ligados a um reservatório de 100 mil litros.

Em 1964 o serviço de abastecimento de água e esgoto até então a cargo da municipalidade, a para esfera estadual através da Secretaria de Obras Públicas. O contrato de concessão para Corsan foi firmado em 1970 e permite apenas a exploração dos serviços de abastecimento de água. Expirando em 20 de maio de 2010. Muito embora a estatal tenha assumido a distribuição de água, o município de Estrela continuou investindo alto no setor. Só no distrito de Teutônia, foram aplicados 200 mil cruzeiros entre 1969-1973 na segunda istração de Bertholdo Gaussmann.

Um convênio entre a Corsan e município propiciou ainda em 1973 a instalação de 17 mil metros de rede de água e a construção de uma caixa d’água junto a bairro dos Estados.

Na istração de Hélio Musskopf (1977-1982) foram perfurados poços artesianos e instaladas no interior do município algo em torno de 200 mil metros de rede de água. Novos investimentos aconteceram na istração de Gabriel Aloísio Mallmann (1983-1988) principalmente nos distritos.

Entre 1989-2000, nas istrações dos prefeitos Leonildo José Mariani e Ghuinter Wagner, o municio teve participação efetiva na extensão de novas redes de água no interior além da perfuração de poços artesianos em convênio com o Estado. Em 12 anos de Mariani e Ghinter à frente do Executivo Municipal foram estendidos 210 mil metros de novas redes de água no interior, sendo que, desta forma, 98% da população rural contava com abastecimento de água através de rede hidráulica.

Sociedade de águas no interior:
Nos dias atuais as propriedades rurais são abastecidas através das sociedades de água que são responsáveis pelo abastecimento. Os associados contribuem para aquisição de equipamentos, manutenção do poço e distribuição de água. São entidades legalmente constituídas.

Corsan atende população urbana de Estrela:
Hoje a população de Estrela é abastecida através de 15 poços artesianos em operação que produzem 5.500 m³ de água/dia que são perfurados a uma profundidade média de 150 metros. Possui na zona urbana cinco reservatórios localizados nos bairro Boa União, Cohab II, Auxiliadora e dois no bairro dos Estados. Conforme o Censo do IBGE eram abastecidos com água, 8.158 domicílios no ano 2000. O Censo 2007 apurou 9.479 domicílios, sendo 1.001 rurais. A população de Estrela em 2007 era de 29.153 habitantes.
Quem é a Corsan?
A Corsan – Companhia Riograndense de Saneamento, com sede na Rua Caldas Junior, 120, 18° andar em Porto Alegre, é responsável pelo fornecimento de água para o consumo humano em 343 municípios do Rio Grande do Sul, abastecendo 7 milhões de habitantes. A Corsan é uma empresa de economia mista e de capital aberto, que tem o Estado como principal acionista e como responsável legal o Diretor-Presidente, Mário Freitas.

Em Estrela a Corsan está localizada na Rua Coronel Mussnich, 701, sala 01, fone 3712-1479. Tem na gerência o Senhor Gilmar Francisco da Silva e possui 12 funcionários.

Controle de Qualidade da Água:
A qualidade da água distribuída é controlada de acordo com a Portaria 518/04 do Ministério da Saúde, através de análise físico-químicas e microbiológicas realizadas em amostras coletadas no manancial, na reservação e na rede de distribuição. Essas análises são realizadas na ETA – Estação de Tratamento de Água, complementadas pelo Laboratório Central de Águas em Porto Alegre, reconhecido pela Rede Metrológica do Rio Grande do Sul e acreditado pelo INMETRO de acordo com a ISO-17.025.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Referência: Informes da Prefeitura de Estrela (1926, 1951, 1955, 1973, 1977, 1986, 1992, 1999), IBGE e Corsan. Documentos do acervo da Aepan-ONG.

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História do Futebol Amador de Estrela-RS
LEFA

O Futebol não é um esporte que precisa de materiais caros quando se trata de brincadeiras, o pessoal de um bairro qualquer joga com tampinha de garrafa, pedra ou latinha que encontra no chão como bola, usam galhos de árvores como trave, ou seja, o custo é zero...
Mas quando falamos de um campeonato de futebol organizado no município não é tão simples assim, é preciso patrocinadores. Pois o futebol amador em Estrela não possuiu incentivo podendo ficar paralisado pelo segundo ano consecutivo. Uma trajetória de muitas glórias e grandes campeonatos da Liga da cidade que hoje não consegue viabilizar a competição. Mas vamos a história da LEFA que vive seus piores momentos:

Em 12 de abril de 1985 nascia a LEFA – Liga Estrelense de Futebol Amador. Uma Comissão Provisória composta por Ilson Carlos Krombauer, Elimar Rex, Ernani Diensmann e Vanderlei Eidelwein reuniram as agremiações interessadas para sua fundação em 12 de abril de 1985.

A reunião de fundação ocorreu nas dependências do Grêmio Esportivo Atlântico, localizado no distrito de Costão. O objetivo era congregar, organizar, desenvolver, fortalecer e definir um calendário de atividades para os clubes de futebol amador de Estrela.

Na oportunidade foi realizado o credenciamento dos clubes com indicação de um nome como responsável perante a LEFA e eleição da primeira diretoria.

Os clubes presentes e seus respectivos representantes foram: Grêmio Esportivo Atlântico (Sr. Seno Lenhardt); Esporte Clube Juventude (Sr. Olavo Landmeier); Esporte Clube São Jacó (José Leo Diehl); Esporte Clube Tupi (Sr. Arildo Klein); Esporte Clube Beija Flor (Sr. Orlando Dickel); Sociedade Esportiva e Recreativa Arroio do Ouro (Sr. João Carlos Krahbe); Grêmio Esportivo Brasil (Sr. Armim Medke); Clube Esportivo Geraldense (Sr,. Cláudio Fiegenbaum); Esporte Clube Arroio da Seca (Sr. Elimar Rex); Sociedade Esportiva União (Sr. José Holhz); Tamoio FC (Sr. Hércio Lammers); Esporte Clube XV de Novembro (Sr. Valdério Berschonds); Remo FC (Sr. Wilmut Weskhausen) e Grêmio Recreativo Rui Barbosa (Sr. Breno Closs).

Procedida à votação que foi secreta, a primeira diretoria da LEFA ficou assim constituída: Presidente – Ilson Carlos Krombauer; Secretário – Elimar Rex e Tesoureiro – Vanderlei Eidelwein. Os eleitos tomaram posse no mesmo dia. Os Estatutos da entidade foram aprovados na segunda reunião que ocorreu no dia 21 de junho de 1985.

A Galeria dos ex-presidentes é composta por Ilson Carlos Krombauer (1985-1991, 1995-2000, 2004-2007); Adauto de Azevedo (1992); Vomberto Teixeira (1993-1994); Alexandre Engster dos Santos (2001-2003) e Vanderlei Luiz Gregory – Nico (2008...).

Os Campeões foram: 1985 – Rui Barbosa de Corvo; 1986 – Atlântico de Costão; 1987 e 1988 – Brasil da São José; 1989 e 1990 – Geraldense; 1991 e 1992 – Brasil da São José; 1993 e 1994 – Sociedade Esportiva União; 1995 – Juventude da Glória; 1996 – Atlântico de Costão; 1997 – Alto da Bronze; 1998 – Atlântico de Costão; 1999 – Geraldense; 2000 – Atlântico de Costão; 2001 – Independente de Porongos; 2002 – Aimoré da Delfina; 2003 – AEMBI – bairro das Indústrias; 2004, 2005 e 2006 – Sociedade Esportiva União, 2007 e 2008 – Não foi realizado campeonatos.
Os Vice-Campeões foram: 1985 – Juventude da Berlim; 1986 – Sociedade Esportiva União; 1987 – EC. Arroio da Seca; 1989 e 1989 – Sociedade Esportiva União; 1990 – Rui Barbosa de Corvo; 1991 – Geraldense; 1992 – Tamoio da Linha Wolf; 1993 – Atlântico de Costão; 1994 – Brasil da São José; 1995 – AEMBI bairro das Indústrias; 1996 – Juventude do distrito de Glória; 1997 – Brasil da São José; 1998 – Alto da Bronze; 1999 – Atlântico de Costão; 2000 – Independente de Porongos; 2001 – Atlântico de Costão; 2002 – Delfinense; 2003 – Aimoré da Delfina; 2004 – Arroio do Ouro; 2005 – Alto da Bronze; 2006 – SER Aimoré; 2007 e 2008 Campeonatos não realizados.

No dia 14 de fevereiro de 2008, reuniram os clubes filiados para eleição da nova diretoria cujo presidente eleito é Vanderlei Luiz Gregory, que lamenta a falta de incentivo, pois não consegue recursos sequer para o custeio da arbitragem para os clubes.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte: LEFA – Liga Estrelense de Futebol Amador

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Folha de Estrela – 9 anos
O Jornal que fala com o leitor

Está ouvindo o alarido que faz a Folha? Pois Ela fala ao mesmo tempo de todos os assuntos, discute sobre tudo que diz respeito à Estrela: Saúde, educação, política, esporte, história, natureza, homem, tempo e espaço... As notícias vinculadas em suas páginas, muitas vezes são graves, alegres ou tristes. A Folha examina, contesta, afirma, defende e até denuncia de forma absolutamente isenta e democrática.
É irável que nos dias de hoje, com toda a concorrência do rádio, televisão, internet, a Folha tenha conservado seu caráter distintivo, de alguma forma, especial e mágico, que faz os estrelenses se identificar com o semanário de forma única e singular.

De dentro de suas páginas ouve-se a memória. Páginas em sua totalidade cuidadosamente arquivadas, ano a ano, no Memorial da Aepan-ONG desde o 1º exemplar editado em 20 de maio de 1999, há oito anos atrás, que servem de apoio e pesquisa a tantos quantos buscam informações sobre nossa terra, nossa gente.
Na verdade a palavra escrita é fundamental para que não se perca a memória. Aí está o jornal e seu leitor como guardiões. Assim não perdemos a memória e analisamos com mais razão e critério as informações que transformamos em saber. É o Jornal como um mapa opcional que serve como subsídio neste mundo tão confuso e complexo de hoje.

Meu caro editor e diretor Sr. Pochmann de Quevedo, para homenagear a todos que escrevem ou escreveram na Folha de Estrela ao longo destes oito anos, lembro de Clarice Lispector: “Sei lá porque escrevo? Que fatalidade é está? Enquanto eu tiver perguntas sem respostas, continuarei a escrever”. E para os leitores da Folha cito Edmund Jabés: “Um buen lector es em primer lugar um lector sensible, curioso, exigente. Através de su lectura, sigue su intuición”.

Feliz Aniversário!

Airton Engster dos Santos
Ambientalista-Aepan-ONG

Estrela-RS - O Cangaceiro Estrelense 4mj5q


O Cangaceiro estrelense
Filme é reconhecido em Cannes em 1953

Alberto Ruschel nasceu em Arroio do Ouro, município de Estrela, irmão de Nilo que era radialista e Paulo compositor clássico regionalista “Os Homens de Preto”.

Aos 20 anos de idade, começou carreira no Rio de Janeiro, como músico, e cantor. Grande Otelo levou o amigo para o cinema. Ruschel torna-se galã e aparece em filmes como: “Este Mundo é um Pandeiro”, “Ângela” e “Cangaceiro”, entre outros. Fez três filmes na Espanha. Na volta para o Brasil filmou: O “Cara de Fogo” e “Matemática Zero, Amor Dez” com grande sucesso e campeão de bilheteria na época.

Uma única vez Ruschel aparece como diretor em “Pontal da Solidão”. Participou da novela “O Todo Poderoso” produzida pela Rede Bandeirantes entre 1979 e 1980.
Filmou Também “Paixão de Gaúcho” - Época da guerra entre Legalistas e Farroupilhas. Chileno, um valente gaúcho, pede a mão de Catita ao seu pai, que pede ao rapaz, provas de sua coragem. Isto o leva a correr risco de morte, mas ele acaba saindo ileso e o pai da garota se decide pelo noivado de sua filha.

“O Cangaceiro”, porém foi seu maior feito. O drama, em preto e branco, conta a história de um bando de cangaceiros comandado pelo Capitão Galdino (Milton Ribeiro) que mantém a todo custo um código de honra. Ao invadirem um vilarejo, raptam a professora Olívia (Marisa Prado). O cangaceiro Teodoro (Alberto Ruschel), subalterno de Galdino, procura em vão convencê-lo a devolver Olívia. Burlando a vigilância, Teodoro e a professora abandonam o acampamento, fugindo pelo sertão. Durante a fuga, Teodoro confessa sua paixão a Olívia, que procura convencê-lo a ficar com ela e entregar-se à justiça, mas Teodoro revela-se incapaz de abandonar o sertão. No enfrentamento, Teodoro fere Galdino, mas acaba se rendendo. “O Cangaceiro” foi considerado o melhor filme de aventura e ganhou menção especial pela música no Festival de Cannes de 1953. Foi uma dos maiores sucessos da Vera Cruz, mas também um dos filmes mais caros produzidos pela Companhia. “O Cangaceiro”, de Lima Barreto, produzido em 1953 pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz, é uma das fitas mais premiadas da década de 50, estrelada por Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro, Vanja Orico e Adoniran Barbosa.
Alberto Ruschel recebeu o prêmio Oscarito no Festival de Gramado entregue as personalidades do cinema brasileiro. Faleceu no Rio, em janeiro de 1996.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos

Airton Engster dos Santos: Biocombustíveis testados em Estrela-RS 66462u

Biocombustíveis testados em Estrela-RS 1j703k


Empresa foi centro de pesquisa nos anos 80

A empresa Farol S/A, localizada próxima ao Porto de Estrela (complexo hoje desativado), possuía entre seu corpo técnico um conjunto de profissionais, técnicos e engenheiros, altamente gabaritados, que aram a desenvolver uma série de atividades inerentes a produção de farelo, farinha, lecitina e óleo de soja degomado. Também ração animal. A Farol S/A tinha capacidade para processar em torno de 2.000 T de soja/dia. A empresa funcionou de 1978 a 1990, vindo a fechar em função da política para a “Trading Interbrás” no governo do Presidente Fernando Collor, mas isso é uma outra história.

Na empresa, além da produção de derivados de soja, foi efetivado experiências de grande, média e pequena complexidade com outros tipos de sementes, como uva, colza, milho, arroz e linhaça em maior escala. As experiências se davam em escala industrial ou laboratorial tendo como grande incentivador o eng.° Cláudio Lang, Diretor de Produção, coordenadas ou acompanhadas pela eng.ª química Mariza Casagrande Bronstrup, eng.° Ricardo Alves de Moraes, eng.° Juarez da Silva, Sr. Grimolvã da Silva Fortes, Sr. Er Gomes de Campos, Sr. Querino Schutz entre outros profissionais. Na verdade além de empresa processadora de oleaginosas a Farol foi um grande centro de pesquisas, graças à capacidade profissional e intelectual de seus profissionais. Somente no Laboratório físico/químico foram efetivadas 1.586 pesquisas ou experiências com sementes, óleos, água, carvão mineral, solventes, combustíveis, alimentos entre outros, além de todo controle de qualidade de rotina da fábrica e produtos comercializados. O Laboratório trabalhava 24 horas do dia com uma equipe de aproximadamente 15 pessoas. Todos resultados das experiências realizadas foram catalogados em livros próprios.

Através dos conhecimentos da equipe, foi testada naquela época a utilização de óleo vegetal como biocombustível, alternativo aos derivados de petróleo. Os testes foram feitos em uma carregadeira, sendo seus resultados considerados satisfatórios.

Nos anos oitenta o trato com as questões ambientais ainda eram tímidas, porém na Farol S/A, muitos cuidados eram tomados, como por exemplo: Os fumos da chaminé eram controlados pela equipe do laboratório da empresa, que observava a queima dos combustíveis através da cor da fuligem, inclusive o nível de CO2 emitido para atmosfera era medido regularmente.

Também foi implantada uma Estação de Tratamento de Efluentes, onde era tratada a água utilizada na indústria, antes de ser devolvida ao Arroio Boa Vista, recurso hídrico de onde também era captada.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Arquivo Primário Memorial Aepan-ONG

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Biocombustíveis não devem concorrer com a produção de alimentos

O aumento na produção de biocombustíveis originária de plantações pode afetar a meta da ONU (Organização da Nações Unidas), de acabar com a fome nos países em desenvolvimento, onde 850 milhões de pessoas não tem comida suficiente. A preocupação é da FAO - Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO, siglas de Food and Agriculture Organization) é uma organização das Nações Unidas cujo objetivo declarado é elevar os níveis de nutrição e de desenvolvimento rural.
A produção de combustíveis a partir da cana-de-açúcar, do milho, da soja e de outras oleaginosas, cresce impulsionada pela alta dos preços do petróleo, que superam US$ 70 o barril, e pela campanha por combustíveis menos prejudiciais ao meio ambiente e de fontes renováveis.
Na verdade é um problema completamente novo. No ano ado a FAO afirma que a produção de biocombustíveis não afetou o suprimento de alimentos. A FAO quer descobrir como vai ficar daqui a 5 ou 10 anos. É preciso fazer muitos estudos destaca a organização internacional.
Os biocombustíveis compõem apenas uma pequena fração da energia mundial, mas tem o potencial de chegar a 6% do total até 2050. É uma questão emergente que não tem números ou diretrizes claras. Para FAO os biocombustíveis são um dos três grandes desafios da agricultura. Os outros são as alterações climáticas e a multiplicação da população mundial. A produção de comida terá que crescer 25% nos próximos 25 anos para manter em evolução com o aumento na população mundial, que deve chegar a 9 bilhões de pessoas.
No Brasil a grande força na produção de alimentos está na agricultura familiar.
Aproximadamente 85% do total de propriedades rurais do país pertencem a grupos familiares. São 13,8 milhões de pessoas em cerca de 4,1 milhões de estabelecimentos familiares, o que corresponde a 77% da população ocupada na agricultura. Cerca de 60% dos alimentos consumidos pela população brasileira e 37,8% do Valor Bruto da Produção Agropecuária são produzidos por agricultores familiares.
É importante que o Brasil tenha a sua energia alternativa. Mas não se pode deixar de cuidar da Segurança Alimentar, não se pode deixar de produzir alimentos porque este é o combustível do homem.
Como incentivo devem ser criados mecanismos que facilitem a produção de alimentos com subsídios financiados, garantindo preços seguros aos agricultores.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte de Dados: IBGE e FAO

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Lajeado-RS - História

Primeiramente, pertenceu o município de Lajeado ao de “Vila Príncipe” (Rio Pardo), criado pelo Alvará Régio de 27 de abril de 1809, juntamente com Porto Alegre, Rio Grande e Santo Antônio da Patrulha. Eclesiasticamente, ficou submetida à Freguesia de Taquari.

Uma vez criada a Freguesia de Estrela pela Lei 875 de 2 de abril de 1873, a ele foi incorporado o território de Lajeado pela Lei 916 de 24 de abril de 1874. Pela Lei 963 de 29 de março de 1875, foi instituído como 2° Distrito de paz da Freguesia de Estrela, compreendendo o território situado a margem direita do Rio Taquari (Lajeado, Arroio do Meio, Encantado e Guaporé).

Pela Lei 1.044 de 20 de maio de 1876 foi criado o município de Estrela, dele fazendo parte o Distrito de Lajeado.

Mais tarde em 27 de maio de 1881, pela Lei provincial 1351, foi criada uma freguesia no 2° Distrito de paz de Estrela, sob a invocação de Santo Inácio. Finalmente pelo Ato 57 de 26 de janeiro de 1891 foi criada a Vila de Lajeado, cuja instalação deu-se em 25 de fevereiro do mesmo ano.

Até 20 de outubro de 1891, a nova comunidade foi istrada por uma Junta Municipal, presidida por Frederico Henrique Jaeger. A 15 de novembro de 1891, foi empossado o 1° Conselho Municipal, e eleito o intendente Frederico Heineck.

A 20 de fevereiro de 1892, foi dissolvido o Conselho Municipal pelo então governador do Estado e nomeada uma Comissão para gerir os negócios da comunidade. A 19 de agosto de 1892, tomou posse do cargo de Intendente Provisório Bento Rodrigues da Rosa que istrou o município até 1894, quando foi substituído por Joaquim de Moraes Pereira. Em 1895 este foi substituído por Júlio May.

Pelo Decreto 618 de 6 de maio de 1903, instituiu a Comarca do Vale do Taquari, com sede em Lajeado, abrangendo o termo de Estrela.

Em 20 de dezembro de 1939, foi a Vila de Lajeado elevada à categoria de cidade.

Colonização de Lajeado:
A colonização de Lajeado remonta a 1853, com o estabelecimento da Colônia Conventos, fundada por Antônio Fialho de Vargas. Ficava esta colônia situada no lugar denominado Conventos Velhos, próximo a atual sede do município, onde por volta de 1830 se estabelecera José Inácio Teixeira, “dono de muitos escravos” que construiu casas e adquiriu alguns lotes de terras reando tudo para Antônio Fialho de Vargas. Em 1835 já havia muitos moradores em ambas as margens do Rio Taquari. Fialho de Vargas fez grandes derrubadas de matos e vendeu lotes de terras a pessoas de outros municípios que atraídos pela grande quantidade de terras para lavouras, mudaram-se e fixando residência no território que aos poucos foi se desenvolvendo.

Em 1855 recebia a Colônia Conventos os primeiros imigrantes e, em 1857, já possuía 168 habitantes, dos quais 81 homens e 87 mulheres, sendo 49 deles chegados naquele ano da Europa. No ano seguinte chegavam mais 20 colonos ficando assim distribuída a população segundo religião e a nacionalidade: Brasileiros: 76, Alemães: 112 – Católicos: 71, Evangélicos: 117. Deste total 100 eram do sexo masculino e 88 do feminino. A colônia produzia feijão, milho, batatas, trigo, favas e cevada.
Em 1860 a população crescia para 231 almas.

Houve também imigração italiana, notadamente nos antigos distritos de Marques de Souza, Progresso e Fão, iniciada anos mais tarde. Também houve colonização de luso-brasileiros em menor escala.

Curiosidade:
· Rivalidades entre Estrela e Lajeado eram famosas e comentadas inclusive em rádios de Porto Alegre, especialmente quando da realização de jogos entre os clubes representantes de cada cidade. A travessia do Rio Taquari pelas torcidas e jogadores eram feitas através da barca ou canoas e não raras vezes em que eram realizadas a nados. Contam-se histórias desde o surgimento das colônias por volta de 1855 e tudo era motivo de rivalidade (social, esportivo, político e econômico). Com o tempo ou a compreender-se que o Rio Taquari não separa, mas une as duas cidades que possuem grande projeção no Rio Grande do Sul e Brasil.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte de Dados: Município de Lajeado – Síntese Histórico e Estatística
– Documento do acervo da Aepan-ONG.

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História de Colinas


O município de Colinas foi criado em 20 de março de 1992, através da Lei Estadual número 9.562, sendo que a denominação foi inspirada nas montanhas e colinas que circundam a localidade. Colinas (antigo distrito de Estrela) está localizada na margem esquerda do Rio Taquari, sendo colonizada por imigrantes alemãs, que deixaram suas raízes e serviram de marco para o desenvolvimento do setor primário e cultural da comunidade. Os descendentes de alemães conservam até hoje os hábitos dos anteados, com suas festas, danças e culinária.
A primeira istração foi instalada em 1993. Colinas limita-se ao norte com Roca Sales, ao sul com Estrela, a leste com Imigrante e a oeste com o Rio Taquari. A área é de 57,25 km², população de aproximadamente 2.500 pessoas e altitude 50 metros.
O antigo distrito de Estrela, “Corvo”, se desenvolveu a partir da agricultura e pecuária e até os dias de hoje, cultiva-se em colinas: soja, feijão, batata, cebola, trigo, amendoim, uva, banana, sorgo e alho. Na pecuária destacam-se as criações de suínos, bovinos, aves, além da produção de leite e ovos. Também os setores industrial e comercial ganharam importância com o ar do tempo.
O zelo da população com seus canteiros e jardins deu a Colinas o título de Cidade Jardim.
Curiosidades: Uma forte paliçada foi construída em uma ilha situada no meio do Rio Taquari, no antigo distrito de Corvo, atual Colinas. A partir de 1636, quando a expedição do bandeirante Antônio Raposo Tavares percorreu a Vale do Taquari, este local servia de “Campo de Concentração” para centenas de índios das tribos ribeirinhas. Enquanto atacava as reduções jesuíticas na região das Missões, o bandeirante deixava alguns homens guarnecendo o depósito de índios na ilha de Corvo. Muitos índios ainda conseguiram fugir pelas matas.
As referências geográficas permitem tal dedução, pois o referido quartel de Raposo Tavares ficava protegido de intempéries e ataques, já que ficava entre colinas.
Entretanto a colonização de terras só viria a se dar, racionalmente, a partir do século XIX, com a chegada dos imigrantes alemães.
Origem do nome: Há duas versões sobre a origem do nome do antigo distrito de Estrela: Segundo alguns historiadores, o fato do distrito ter se chamado “Corvo” deve-se a grande presença desta ave, gerando o apelido, dado por navegantes que chegavam ao local.
A outra hipótese é que os açorianos (portugueses das ilhas dos Açores) que viviam em Rio Pardo e Taquari navegavam em nosso Rio Taquari e iam até próximo a Fazenda Lohmann (até onde o Rio era navegável) e a última ilha existente neste trajeto era denominada pelos navegadores de “Corvo” assim como se chama “Corvo” a última ilha do Arquipélago de Açores.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte de dados: Município, Teu nome é um sucesso - Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul e Informativo oficial do município de Colinas – Ambos documentos no acervo da Aepan-ONG.

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Emancipação de Teutônia

Como sabemos o município de Estrela começou a ser regularmente povoado no ano de 1856. Os primeiros habitantes eram em sua maioria alemães ou descendentes deles provenientes do município de São Leopoldo.

No ano de 1858 foi fundada a segunda colônia denominada Teutônia. Sua população em 1862 era de 258 habitantes. Exportavam seus produtos através de carroças via Estrela ou porto dos Barros, uma estação de embarcações do Rio Taquari. Plantava-se feijão, milho, batatas, arroz, mandioca, favas, fumo e erva-mate. Nesta época a indústria era pouco desenvolvida, porém se destacavam a produção de banha, manteiga, e azeite de amendoim.

A idéia de criar uma colônia particular coube ao comerciante e atacadista Sr. Carlos Schilling, que em 1858, adquiriu as terras devolutas para construir a Colônia Teutônia. A denominação de Teutônia seria uma referência às tribos bárbaros dos teutões, que tinham sido moradores das margens do Mar Báltico e de muita influência na formação do povo alemão. Seria, a nível de Rio Grande do Sul - Brasil, uma importante referência ao empreendimento de Germânicos, que praticamente dominaram na ocupação de Teutônia. Em 1862 o agrimensor Lothar de La Rue deslocou-se para Teutônia, iniciando as medições e separações dos lotes de terras. Neste mesmo ano, vieram os colonos da Velha Colônia São Leopoldo para desbravar a área sul de Teutônia. Entre os anos de 1868 e 1876 vieram aproximadamente 300 (trezentas) famílias, imigrantes alemães vindos principalmente de Kappeln, Lotte, Lanbergen, Leeden, Lengerich, Niedersachen, Osterberg, Waterkappeln e de Gaste - Osnabrück.

A partir de 1861 o comerciante e foi Carlos Arnt. Em 1878 foi criado um distrito policial. Em 1883 a Colônia Teutônia contava com 2.500 habitantes e produzia 10.000 sacos de feijão, 20.000 sacos de milho e 45.000 kg de banha. Em 1885 a Colônia de Teutônia é elevada à categoria de Freguesia. Em 18/10/1892 é Reorganizada através de Lei Orgânica Municipal a antiga fazenda Teutônia, que a a ser 2º Distrito de Estrela e denominar-se Pinheiro Machado. Em 17/06/1955 é criado o Distrito de Canabarro, fixa seus limites e determina sua sede. Em 19/10/1972 é fixado o limite do perímetro urbano da Vila de Languirú. Em 18/01/1973 Vila Schimidt é declarada área urbana.

A Emancipação de Teutônia:
O município de Teutônia que pertencia a Estrela tentou sua emancipação política istrativa 1963, cujo movimento foi interrompido devido algumas dúvidas surgidas nos três distritos principais (Teuntônia, Languirú e Canabarro).
Com o Dr. Hércio Pêgas presidindo uma comissão de lideranças, foi retomado o movimento em 1976, o povo foi ao plebiscito em 24 de maio de 1981 e Teutônia obteve sua emancipação consagrada nas urnas por ampla maioria.
Em 31 de janeiro de 1983 foi instalado o novo município com posse do primeiro prefeito eleito Elton Klepker. O novo município explode em festas e entusiasmo para o progresso. Em seguida foi construído um moderno Centro istrativo em estilo enxaimel em gratidão aos imigrantes westfalianos.

Curiosidades:
O município filho, Teutônia é homenageado em Estrela através do nome de uma rua no bairro Boa União em Estrela.
O município filho Teutônia já gerou fruto, o pujante município de Westfália, antiga Vila Schmidt.
Para quem gosta e pretende aprofundar conhecimentos sobre a história de Teutônia recomendamos o livro do escritor Ruben Gerhardt, “Colonização de Teutônia e Corvo” editado em 2004 a disposição no memorial da Aepan-ONG para pesquisas.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte de dados e imagens: Clipagem Aepan-ONG, IBGE e Informativo Prefeitura Municipal Teutônia de 1995.
Divulgação: Coluna Histórias da Nossa História – Jornal Folha de Estrela.

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Emancipação de Roca Sales

No início dos anos 50 Estrela tinha uma população de aproximadamente 30 mil pessoas, com 85% dos habitantes localizados na zona rural e 15% na zona urbana. O município era considerado de forte tendência agrícola com produção de milho, fumo, batata doce, batata inglesa, trigo, alfafa, amendoim, arroz, feijão, cana de açúcar e mandioca. Na pecuária com grande produção de suínos, bovinos, eqüinos, ovinos, caprinos e muares. Estrela possuía 4.055 propriedades rurais distribuídas em 70.755 hectares. Possuía 5 distritos, a saber: Sede, Languirú, Roca Sales, Corvo e Teutônia.
Oficialmente em 28 de fevereiro de 1955 emancipa-se o 3º Distrito de Roca Sales diminuindo em praticamente 1/3 a população de Estrela.
Mas a história desta localidade, situada à margem esquerda do Rio Taquari, pertencente ao território de Estrela até metade dos anos 50, teve início em 1881 quando foi fundado um pequeno povoado em terras que pertenciam à família de Francisco de Santos Pinto. Depois se transformou em freguesia e em 1898 no governo do intendente de Estrela Pércio de Oliveira Freitas (1896-1900) foi elevado para categoria de distrito, à época denominada Conventos Vermelhos. Na istração do intendente Francisco Ferreira de Brito (1900-1908), em 12 de junho de 1902, recebia o nome de Roca Sales em homenagem ao Presidente da Argentina Júlio A. Roca e ao presidente do Brasil Campos Sales.
Seus primeiros habitantes foram as famílias de Cesário Piccinini, José Brock, Cândido Giongo, Emílio Rotta e Sílvio Piccinini. Visto o progresso de Conventos Vermelhos, que integrava o município de Estrela, foi gradativamente recebendo outras famílias vindas de outras regiões do Rio Grande do Sul e também do exterior. Agricultores de origem alemã e italiana foram incrementando o progresso da localidade construindo as primeiras igrejas e escolas.
Conforme dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 1913, Roca Sales contava com oito ruas, uma praça, oitenta prédios, e 480 habitantes. Possuía uma Igreja Católica e um templo luterano além de cartório, agência de correio e posto telefônico. A população distrital era de seis mil habitantes.
Por volta de 1940 foi iniciado o movimento emancipacionista que contagiou a comunidade especialmente as lideranças políticas, sociais e econômicas. Um plebiscito foi realizado com ampla vitória do Sim, tornando Roca Sales independente de Estrela através da Lei Estadual número 2.551 de 18 de dezembro de 1954. A instalação se deu em 28 de fevereiro de 1955. Quando Roca Sales se emancipou, contava com 36 estabelecimentos comerciais, 52 industriais, 1.724 prédios com 1.235 propriedades rurais, produzia 2.040 toneladas de batata inglesa, 720 toneladas de trigo e 4.000 toneladas de mandioca. Possuía um rebanho de 10.500 bovinos, 12.200 suínos e 500 ovinos. Havia 31 unidades escolares, uma sociedade recreativa, um clube de futebol, 9 grupos de bolão, duas sociedades de cantores e um cinema com capacidade para 200 pessoas.
Curiosidades:
Segundo IBGE, a população estimada de Roca Sales no ano de 2005 foi de 9.352 habitantes.
O município filho é lembrado em Estrela através do nome de uma rua denominada Roca Sales no bairro Boa União.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte de dados e imagens: Clipagem e Arquivo Aepan-ONG, IBGE, Livro do Jubileu Diamante Estrela de 1951 e Álbum do Cinqüentenário de Estrela de 1926.

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História de Imigrante-RS

O município de Imigrante resultou da união de dois distritos: o de Arroio da Seca, do município de Estrela, de colonização predominantemente alemã, e outro, o de Daltro Filho parte do município de Garaibaldi, de colonização italiana e alemã. Arroio da Seca era distrito de Estrela desde 1955.

O Plebiscito foi realizado em 10 de abril de 1988 com 2.678 inscritos e 2.247 votantes. Destes, 1.808 votaram Sim, 406 Não, 26 em branco, 7 nulos. Em 09 de maio de 1988, cria-se oficialmente o município de Imigrante, pela Lei Estadual 8.605 assinada pelo governador Pedro Simon (1987 – 1990).

Por haver grande concentração de imigrantes europeus na região originou-se o nome deste município.

Mas a história de Arroio da Seca tem início bem antes de 1988. Na verdade em 1868 a colonização já havia atingido a nascente do Arroio da Seca, no vale que liga Estrela a Garibaldi. Quem percorrer os cemitérios de Arroio da Seca, principalmente de Linha Imhoff poderá ler nas inscrições dos túmulos dizeres, nos quais os colonos tiveram o cuidado de esculpir a Província de origem e procedência dos falecidos imigrantes, inclusive a localidade de nascimento.

A ocupação de Arroio da Seca, portanto, teve início no século XIX com duas correntes principais: Os primeiros imigrantes vieram de Teutônia que teve início de sua colonização em 1858. Outras famílias vieram diretamente da Alemanha, principalmente da região da Westfália. Nesta época tudo era mata virgem e as dificuldades eram imensas.

Em monumento erigido à frente da Igreja Evangélica da Paz de Arroio da Seca, está gravado 1882 como marco inicial da colonização.

Outra porta de entrada para Arroio da Seca foi a Zona de Corvo.

O trajeto entre Arroio da Seca e Estrela somente podia ser feito a pé; a mata virgem era muito densa e a venda mais próxima localizava-se em Estrela. Os colonos levavam milho, feijão e outras mercadorias para as vendas em Estrela, as quais eram trocadas por roupas e utensílios diversos.

Por não ter sido possível trazer utensílios da Europa, os imigrantes fizeram todos seus pertences (xícaras, pratos, talheres e outros) de madeira. Também faziam sua própria cerveja, tomando-a nos dias de festa. As roupas eram feitas de feitas através de tear.

Muitos anos depois é que surgiu o gado leiteiro, quando Arroio da Seca era ainda uma picada. Muitas vezes os animais silvestres devoram o gado e as galinhas.
A terra para o plantio era limpa a mão. O cavalo além de servir para arar a terra ou a ser o meio de transporte utilizado para o deslocamento para Estrela.

As escolas eram distantes e as pessoas mais instruídas serviam como professores. As escolas construídas serviam também cultos religiosos.

Os imigrantes trouxeram da Europa a medicina caseira. As pessoas tentavam se curar em casa, pois médico só em Estrela. Muitas pessoas morreram na época por falta de assistência.

Com a primeira leva de imigrantes não vieram padres nem pastores. Todas as famílias trouxeram consigo um livro chamado “Schwarzes Hausbuch”, de orações que servia de base para batismos, casamentos e enterros.

Os vizinhos se ajudavam mutuamente em caso de doenças e outras dificuldades. Os imigrantes mais novos casavam somente com outros imigrantes, geralmente com seus vizinhos. Eles tiveram grandes dificuldades para registrar seus filhos e terem seus casamentos reconhecidos.

Com relação à Daltro Filho, deduz-se que a chegada dos primeiros imigrantes tenha se dado por volta de 1870.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Fonte dos Dados: “Teu Nome é um Sucesso!” e “Os novos Municípios Gaúchos”, Editados pela Comissão de Assuntos Municipais da Assembléia Legislativa do RS. Ambos os documentos estão à disposição no Memorial da Aepan-ONG para consultas.